VALMAR AMORIM
BIOGRAFIA
NOME ARTÍSTICO: Valmar Amorim
NOME VERDADEIRO: Valmar Gama de Amorim
DATA DO NASCIMENTO: 7/9/1949
LOCAL DE NASCIMENTO: Rio de Janeiro, RJ
Músico. Cavaquinista. Compositor.
Oriundo de família de músicos profissionais, o avô materno, Moacir Gama, era maestro e pianista de salas de cinema.
O pai, Walter Amorim, clarinetista, os irmãos Cláudio e Cosme Amorim, violonista e baterista, respectivamente.
Aos nove anos começou a aprender cavaquinho e aos 13 já tocava profissionalmente.
GALERIA DE FOTOS
Valmar Amorim
CD 2001; Samba do Papai Noel; Biá Biá Produções Artísticas Ltda.
CD 2005; Um Cavaquinho Para Todos os Gostos.Biá Biá Produções Artísticas Ltda;
CD 2007; Valmar Amorim & Waldir Azevedo: Biá Biá Produções Artísticas Ltda.;CD.
CD 2015; "SAMBA, CHORO E SERESTA" • Biá Biá Produções Artísticas Ltda • CD
VENDAS
(2005) "UM CAVAQUINHO PARA TODOS OS GOSTOS" Biá Biá Produções Artísticas Ltda • CD
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TEXTOS DOS CDS
LÁGRIMAS DE CAVAQUINHO
Conheci Valmar no final da década de setenta. Tornamo-nos amigos e parceiros musicais. Sambas, choros, rimas e harmonias aproximaram nossos corações para sempre. As lágrimas do cavaquinho que molhavam os dedos do instrumentista genial na varanda do meu apartamento em São Conrado, tornar-se-iam afluentes de uma saudade imensa de um tempo em que a música ainda escolhia seus filhos. Valmar é rebento preferido dessa mãe exigente e ciumenta! Waldir Azevedo e Valmar! Dois mestres paridos do mesmo ventre, alimentados pelo mesmo colostro das melodias eternas e embalados no colo das harmonias divinas, ninados pelos mesmos braços que fizeram sonhar Pixinguinha, Patápio, Radamés, Jacob, Joel Nascimento, Dino 7 cordas, Dilermando, Copinha, Altamiro e poucos outros. São os anjos encarnados da Falange da Criação!Guardam seus corações no bojo dos seus instrumentos que pulsam nas madeiras grudadas ao peito ou na inspiração dos sopros da vida.
Valmar resolveu prestar uma homenagem ao mestre Waldir. É inacreditável! É deslumbrante! Tenho certeza que, lá no céu, Waldir, sentado numa nuvem sente-se agraciado e, também, chora lágrimas de cavaquinho. Eu, aqui na terra, humilde mortal que sou, agradeço a Deus por ter-me dado a oportunidade de tornar-me parceiro de Valmar Gama de Amorim, compositor de raro talento e músico com lugar assegurado no salão dos grandes instrumentistas brasileiros e no meu coração, eternamente, caro irmão!!! Com admiração,
Paulo César Feital
outono de 2010
A PRESENÇA DE UM CAVAQUINHO COMO PRESENTE DE NATAL
Numa época em que os nossos ouvidos são massacrados, vilipendiados, poluídos e violentados por uma sub-música que é mais um pecado sonoro aliado à sub-cultura literária, constituindo-se infelizmente, até em praga poética. Eis que, um piloto em recesso resolve alçar vôo, novamente em sua aeronave de amor e ternura, em busca universal das mais lindas melodias alusivas ao natal, transformando-as em lenitivo sonoro para o sofrimento cotidiano e desesperançoso da nossa conformada gente. E valendo-se de um pequenino cavaquinho, Travestido de Papai Noel, sob a talentosa interpretação desse eterno garoto chamado Valmar Gama de Amorim, que após várias incursões pelos melhores conjuntos do País, além de convocando para emoldurar as apresentações de grandes, médios e fracos cantores do nosso cancioneiro, se propõe agora, como solista, a amenizar o nosso sofrimento auditivo, com seu profilático CD.
A límpida e sensível interpretação de Valmar parece-nos uma dadiva de DEUS, o Juiz maior. Com uma palhetada segura, e o dedo certo no traste certo, ele nos envolve de sons maravilhosos, que parecem sair de um pequenino cavaquinho, incumbido de embalar o DEUS Menino.
Seus vilões certos, sonoros e oportunos engrandecem, sem ferir ou macular o espirito Natalino dos arranjos especialmente feitos para um Noel Verde e Amarelo, além de um magnifico Centro de um cavaquinho que não tende para direita nem para a esquerda.
Finalmente vem a parte rítmica, onde os carrilhões, as celestes e sininhos são substituídos, habitualmente pela bateria, tamborins discretos, surdos aveludados, o pandeiro alegre, sorridente e feliz. Tudo isso bem marcado cautelosamente por um gostoso Xique-xique, Que parece mais preocupado em não acordar o menino Jesus que dorme.
Estivesse eu, sob julgamento diria: Juro que tudo o que disse, é verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade sobre o Dr. Valmar, de seu cavaquinho, o mais presente dos presentes para o Natal.
Dalton Vogelar
UM CAVAQUINHO
PARA TODOS OS GOSTOS
A diversidade avassaladora da música popular do Brasil conquista e encanta qualquer plateia.
O disco que você tem alcance das mãos é prova disso. Porque é um ensaio. Qualificadamente convincente, dos gêneros musicais que permeiam o imaginário do brasileiro, inclusive alguns afins (nossos também, porque incorporados ao afeto comum) como fado, a guarânia e o bolero.
Quem armou toda essa sedução é um dos músicos mais competentes do brasil. O cavaquinhista Valmar Amorim, querido amigo meu desde que me acompanhou (ao Lado de Altamiro Carrilho) na série radiofônica MPB – 100 ao vivo (Rádio MEC - Projeto Minerva), da qual resultaram oito elepês lá pelos idos de 1974-75) e inúmeros shows realizados pelo Brasil todo.
O Valmar ,Discípulo de escola e de vida de Waldir Azevedo .com quem alias tocou em momentos históricos, deveria estar mais presente na cena artística .as atividades ligadas ao exercícios do direito, contudo, o afastaram da fatalidade de palhetar no cavaquinho, mas nunca o impediram (nem força alguma poderia) de empunhar o instrumentos em casa.
Por isso. Valmar Amorim - que voltou ao começo do ano de 2000 com belo CD Samba do Papai Noel – está cada vez mais afiado e viçoso. Este CD nos á conta disso. E muito, muito mais. Porque além de viajar pelos ritmos do Brasil. Valmar nos exibe uma outra opulenta face, a de compositor. Eu que o sabia filho e neto de músicos, que o sabia criança prodígio no instrumento (ao treze anos já era profissional). Que sabia musico em conjuntos históricos nas rádios Mayrink Veiga e Tupi (começo dos anos 60), nunca o imaginei tão sólidos e veemente compositor.
E só ouvir o CD para confirmar ,Valmar trafega como desenvoltura e graça pela valsa, pelo maxixe e vai até o baião ( uma delícia seu baião japonês ) ,para culminar no velho choro, onde ele ,mestre ,exibe-se como habitual opulência ,isso para não me referir a belezuras como prelúdio Meditação ( Quarteto de violinos) ou a originalidade como Samboogie Woogie.
Além de musico, compositor e arranjador, nosso múltiplo Valmar Amorim juntou excelências individualizadas neste CD, como os músicos do seu conjunto, além de convidados especialíssimos do porte de Henrique Cazes, Bruno Rian, Deo Rian e Jorginho do Pandeiro.
Em resumo, arrisco-me a uma frase que pode até parecer uma blafemiazinha para o próprio Valmar: “ Waldir Azevedo está de volta ”.É só ouvir com atenção – e com coração – este disquinho para que se entenda a se aperceba de que não estou longe da verdade.
Ricardo Cravo Albim
Samba, choro e seresta
O cavaquinho chegou o Brasil no século XVII, durante o processo de colonização portuguesa, e foi aqui que realmente se consagrou se destacando já na segunda metade do séc.XIX com o surgimento dos pioneiros ¨trios¨ de Chorões ( flauta, violão e cavaquinho) onde era utilizado como suporte rítmico – harmônico já que essas formações ainda não utilizavam pandeiro .Essa popularização avançou mais ainda com o aparecimento de virtuoses que deram ao instrumento uma nova dimensão :A partir de 1930 ,com Waldiro Frederico Tramontano ,o ¨canhoto¨ ,ás do acompanhamento e, em 1949 ,com Waldir Azevedo , o solista mais popular da história da música brasileira.
Enfim fizemos essa breve viagem para chegarmos ao CD que tem nas mãos:
Valmar Amorim e um continuador fiel da obra de “canhoto ” e de Waldir, como os quais conviveu no início de sua carreira. Esse convívio resultou em um aprendizado único, fazendo com que Valmar se tornasse um excelente solista / centrista, um mestre no instrumento e uma referência para os cavaquinhistas contemporâneos, dentres eles, este amigo que lhes escreve.
Com muitos anos de carreira, com centenas de participações em discos e shows como acompanhante de grandes artistas como Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Jair Rodrigues Beth Carvalho, Alcione, Elba Ramalho, Fafá de Belém, Jackson do Pandeiro, Ademilde Fonseca, Luiz Gonzaga, Elizeth Cardoso e Cartola, Valmar Amorim em seu quarto CD como solista, nos presenteia com uma aula de como deve ser tocada a música brasileira.
Em Samba, Choro e Seresta, Valmar Amorim passeia por gêneros onde o cavaquinho é elemento indispensável, revelando uma sonoridade cristalina e apurada técnica, como, por exemplo, na sessão “ Canta Brasil ”, onde temos a emocionada interpretação da valsa “ Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda ”, de Lamartine Babo e Francisco Mattoso e a exuberância da canção “ Maringá ” de Joubert de Carvalho, Impossível não canta junto.
Em um repertório que inova a alma brasileira, temos o samba exaltação “ Canta Brasil ”, passando pela delicadeza de “ Boa Noite, Amor ” que nas décadas de 30/40 embalou o sono de milhões de brasileiros na voz de Francisco Alves, até o emocionante “ Urubu – Rei ”, que conta com a participação especialista do mestre Altamiro Carrilho, a quem Valmar acompanhou em Vários anos, no início de sua carreira. Um disco cardápio de primeira.
E já que estamos falando do Valmar Amorim instrumentista não podemos deixa de mencionar o seu lado compositor que aqui nos tras duas pérolas: “ Cor de Luiz ” um lindo choro no melhor estilo varandão e “ Em tempo de Bach ”, uma citação à obra do célebre compositor erudito que, com sua linguagem contrapontística, muito contribui com o choro, apesar de ter nascido 200 anos antes dele surgir .
Mas Valmar não joga sozinho. Uma verdadeira “ seleção brasileira ” o acompanha, seja na confecção dos arranjos, seja na execução, onde destacamos: o “ Pedrinho ” e Darly do Pandeiro os decanos dessa turma de craques.
Pena que o espaço para essas linhas já esteja chegando ao fim, pois em se tratado Valmar Amorim escreveríamos laudas e laudas ,com imensa alegria, ainda mais ouvindo Samba, Choro e Seresta como estamos fazendo agora. Canhoto e Waldir ,lá de cima com certeza ,estão bem orgulhosos deste disco.
Sergio Prata (Cavaquinhista e Diretor do Instituto Jacob do Bandolim)
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